uma espinha espessa, vermelha e pulsante
em meio a minha bunda, branca
incandescente, vivaz dilacerante
querendo expulsar minha cólera esperança
no meio de mim mesmo
uma espinha
pedaço vivo de mim
do meu eu para o mundo
jato jorrado exprimido
nauseabundo
eu expelindo as reticências tortas de meu confuso pensar
eu, sendo humano em demasiado, exprimindo um espinha
suculenta
vermelha e voraz
no cair de uma madrugada chuvosa